[...em construção...]

9.9.05

God! Why do you hate me?

Há algum tempo tenho me sentido como o Bruce, do filme Todo Poderoso, não só no sentido de não ter sorte, como também na descrença em Deus.
Às vezes me pego questionando se realmente temos que passar por algumas provações para conseguir o que queremos na vida. Será que é realmente necessário sofrer antes, para ser feliz depois? Será que somos castigados por não seguir os mandamentos estipulados por Ele? Será que só quando nos redimirmos é que teremos, finalmente, o que desejamos?
Quando criança eu freqüentei a Igreja Católica de forma forçada na maioria das vezes. Não gostava de acordar cedo todo domingo, ir à missa e depois ficar no grupo de jovens discutindo os assuntos da Bíblia. Fiz a 1º comunhão e com os passar dos anos, só ia à Igreja no Natal. Atualmente, não passo nem perto.
Aos 17 anos, comecei a faculdade e consegui um estágio, tudo caminhava bem. Aos 18, já trabalhava numa empresa grande, tinha um salário que poucos adolescentes da minha idade ganhavam, consegui minha habilitação, tinha um carro, amigos à rodo. Isso durou + ou – 3 anos, e como numa montanha-russa o carrinho chamado vida começou a descer. Descobri que detestava o curso da faculdade, a empresa terceirizou e todos os funcionários – com seus dignos salários – foram demitidos, vendi meu carro, os planos de ir para os EUA deram errado, os amigos começaram a sumir.
Após 5 meses de desemprego, e por indicação de uma amiga, consegui um emprego no Estadão. Na mesma época, conheci o Juliano*, consegui comprar um carro e comecei a estudar Jornalismo. Pensei: o carrinho da minha vida começa a subir na montanha-russa.

[tive que sair e dar um volta, meus pensamentos estavam travados. 45 minutos depois...]

Comecei então a ter problemas na empresa, entrei em depressão e pra ajudar, fui demitida. Fiquei feliz por ter saído daquele ninho de cobras, mas por outro lado fiquei p... pela maneira com que a v... da minha supervisora tratou a situação. E lá vai o carrinho descendo a ladeira!
A recuperação dessa vez foi mais rápida. Em menos de um mês consegui dois empregos, e há quase um ano estou no trabalho atual.
O curso de Jornalismo está em standby até o próximo semestre devido problemas financeiros; a vida amorosa está desligada até que alguém resolva acender a luz; a depressão às vezes bate; os amigos, na sua maioria, seguiram outros caminhos, e em compensação chegaram novos; a vida financeira será regularizada aos poucos.
E devido a esses vários acontecimentos é que eu comecei a achar que devo ser tão pecadora que O cara lá de cima (by Xuxa) resolveu colocar alguns obstáculos na minha vida e me desafiar. Sinceramente: cansei de negócio de altos e baixos. A vida poderia ser mais serena com seus trancos esporádicos, mas não esse mar revolto. Cansei! Cansei!!
E além do mais, ainda preciso viver por detrás de uma máscara, como se tudo fossem flores e a vida fosse bela.
De resto só tenho que agradecer aos amigos que, mesmo sem saber, me dão forças pra continuar a seguir meu caminho.
Espero que tudo que está acontecendo seja apenas ‘as águas de março fechando o verão’, e tudo volte ao normal logo.

[desculpe, eu precisava desabafar...]

3 Comments:

  • Dick Van Dyke Honored for Charity Work
    BEVERLY HILLS, Calif. - Dick Van Dyke "I had a little tussle with the demon rum," Van Dyke said, alluding to his own problem with alcohol abuse years ago.
    unmissable http://64.44.15.87/deadeasy-shoppeople-only.htm

    By Anonymous Anônimo, at sexta-feira, 09 setembro, 2005  

  • Amiga, assim, o ser humano infelizmente soh aprende nos momentos de dificuldade... Entao, esses momentos onde o carrinho desce serve para nos aprendermos a lidar com as dificuldades... Eh onde nos fortalecemos e nos tornamos mais bonitas, plenas e definitivas!!! Todos temos isso, e nesses momentos, os amigos (de verdade) sempre nos ajudarao... Bjs...

    By Anonymous Anônimo, at sábado, 10 setembro, 2005  

  • Olha, eu fui criada em um lar bem eclético: minha mãe é católica, meu pai era batista, minha avó testemunha de jeová e meu avô materno católico com um pé na doutrina espírita. Fui criada indo à missa todos os domingos e frequentando a igreja batista, hoje sou espírita, mas acho que todas as religiões, quando não tem fanatismo são muito bem vindas. Só te digo uma coisa, nunca perca a fé Nele. Só com o sobe e desce, como vc falou, é que paramos e refletimos e assim crescemos de uma maneira que vc nem imagina, porque Ele não erra nunca. Ele apenas aponta os caminhos, cabe a nós decidirmos se queremos seguir ou não...siga os seus. Muita luz pra vc. Xêro.

    By Anonymous Anônimo, at domingo, 11 setembro, 2005  

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