[...em construção...]

31.3.07

Minha amante Esperança

"Em plena juventude ela tentou se matar. Despertando no hospital deparou com uma enfermeira que a interpelou:
- Mas por quê, por quê?
Ela respondeu, sucinta, lúcida, plena de sua própria dor:
- Sem esperança.
Todos conhecemos esses dias sem horizonte à vista. A experiência nos ensina que eles passam, a não ser que estejamos doentes ou sejamos ferrenhos pessimistas por natureza ou formação.
Ser mais ou menos otimista depende de criação, ambiente familiar, disposição genética (ah, a genética da alma...), situações do momento. Claro que ter confiança quando se está contente é fácil.
Mas não somos só nossa circunstância, somos também nossa essência.
O grande pessimista colhe todas as notícias ruins do jornal e manda aos amigos cada manhã; acha que o ser humano não presta mesmo, o mundo é mero palco de guerras e corrupção. O excessivamente otimista acha que a realidade é a das telenovelas e dos sonhos adolescentes, das modas, das revistas, da praia, do clube. O sensato (não o sem graça, não o chato) sabe que o seu humano não é grande coisa, mas gosta dele; que a vida é luta, mas quer vivê-la bem; que existem - além de injustiça, traição e sofrimento - beleza e afetos e momentos de esplendor. Que se pode confiar sem ser a toda hora traído por quem se ama.
(...)
Para viver qualquer fase com alegria, viver com elegância e vitalidade, é preciso acreditar que vale a pena. Que existem modos de ser feliz, mais feliz, e podemos persegui-los. Mas essa não é uma caça aos tesouros comprados com dinheiro: é uma perseguição interna, a dos nossos valores, do novo valor, das nossas crenças e do nosso real desejo.
Quero, preciso, ter esse corpo, essa sexualidade, esses objetos de consumo que os outros exigem de mim - ou fico mais contente sendo como sou, saboreando o que eu posso adquirir e programando o que posso transformar?
Para decidir isso devíamos abrir em nosso cotidiano um espalo de recolhimento, observação, auto-observação. É preciso o silêncio ativo de quem pensa." - Lya Luft.

trecho do livro Perdas & Ganhos

29.3.07

Leitura como castigo

Essa semana comecei a ler Do golpe ao Planalto de Ricardo Kotscho como "punição" por ter ficado de DP em atividades complementares.
Quando o prof. comentou que faríamos uma prova baseada nesse livro eu detestei a idéia. Achei que se tratava de um livro sobre política e afins, assunto que eu, particulamente, não sou muito fã. Ledo engano.
A obra relata os 40 anos de profissão do jornalista Ricardo Kotscho e fala sim, de política, mas de forma leve e inteligível.
No primeiro dia já devorei 57 páginas, e quando terminar volto aqui pra comentar se é recomendável ou não.

Aliás, a quem interesse:

JORNALISMO INVESTIGATIVO
com Caco Barcellos e Ricardo Kotscho

Das 11:00h às 13:00h:
"Reportagem: A investigação no jornalismo"
Profº Caco Barcellos ( Nasceu em Porto Alegre, onde iniciou sua carreira jornalística na Folha da Manhã. Durante a Ditadura Militar, trabalhou em veículos da imprensa alternativa.Tem quase trinta anos de profissão com passagens pelas revistas Repórter, IstoÉ e Veja. Cobriu guerras, catástrofes naturais, guerrilhas e se dedicou a grandes reportagens investigativas. Trabalha desde 1985 na Rede Globo.)

Das 14:00h às 16:00h:
"Reportagem no jornalismo impresso"
Profº Ricardo Kotscho ( Jornalista há 40 anos, já trabalhou em quase todos os grandes veículos de mídia do país: Estadão, Jornal do Brasil, Folha de São Paulo, IstoÉ, SBT, entre muitos outros. Recebeu quatro Prêmios Esso de jornalismo, foi assessor de imprensa em três das quatro candidaturas do hoje presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e chegou ao Palácio do Planalto em 2002. É autor de 15 livros, o mais recente é "do golpe ao planalto - uma vida de repórter", editado pela companhia das letras. Hoje, tem uma coluna no site No Mínimo, é editor de conteúdo do projeto Globo Universidade, da TV Globo, é um dos editores da revista "Brasileiros" que será lançada em breve e divulga sua recém lançada auto-biografia.)

Quando: dia 14/04
Onde: Editora Bregantini - Pça Santo Agostinho, 70 - 10º andar - Paraíso
Mais informações: (11) 3385.3385
www.revistacult.com.br

10.3.07

Atualizando...

Ou reclamamos por não ter assunto pra postar aqui; ou reclamamos por ter coisas demais acontecendo e não sobra tempo pra atualizar.

Ok, vamos lá...

A minha vida está uma correria só. Em Dezembro o departamento mudou para Sto. Amaro (misericórdia, que lugar feio!!) e agora dependo de 9 ônibus, isso mesmo, 9 ÔNIBUS no transporte casa / trabalho / faculdade / casa, e o cansaço tem sido meu companheiro todos os dias.
Alguém consegue imaginar o que é pegar um ônibus no Terminal Sto. Amaro no calor que tem feito nos últimos dias?

No trabalho a minha mudança de setor não vai mais rolar, e isso só favoreceu a minha saída. Já estava procurando outras oportunidades e agora tenho feito com mais determinação, principalmente pra encontrar algo na minha área.

A faculdade estava ótima!

O coração permanece vazio, mas um "recordar é viver" aconteceu nos últimos dias e tive a certeza que ainda estou viva, e bem viva, nesse sentido.

Já dizia Walter Franco "Tudo é uma questão de manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo."

Vamos em frente...