[...em construção...]

29.8.06

E lá vamos nós ...

Hoje, finalmente, saiu a análise curricular da minha faculdade.
E, finalmente, consegui eliminar um semestre.
E, finalmente, tenho certeza que dessa vez eu concluo esse curso. Nem que eu tenha que vender sanduíche natural pra ajudar a pagar a mensalidade.
Nunca estive tão empolgada como agora...

28.8.06

Little Sick

Sexta-feira fiz um happy hour com três amigas do trabalho: Ana, Mariana e Renata. Desloquei-me de Alphaville até a Av. Paulista e lá demos muita risada, falamos mal da vida alheia e bebemos todos os chopps necessários pra mandar embora o stress da semana. Com isso ganhei uma bela dor de garganta que teima em não ir embora.

Por falar em dor preciso urgentemente marcar um neurologista. As dores de cabeça me acompanham diariamente e não há Neosaldina que resolva.

É isso... boa semana à todos!

24.8.06

Foda-se [ON]

A vida anda tão divertida. Liguei o botão do foda-se e sigo sorrindo e feliz, e isso causa uma certa irritação àqueles que querem me ver pelas costas. Azar o deles!
Agora não há mais chefe mala, problemas no trabalho ou professor chato que me tirem do sério. Ok, o sono ainda é capaz de fazer isso, mas passa rápido (rs).
E é isso ... viva a terapia !!

21.8.06

Pessoas

Até que ponto podemos acreditar nas pessoas?
Será que elas realmente nos amam como dizem? Será que as demonstrações desse amor são realmente verdadeiras?
E no trabalho? Vivemos numa rotina política de sorrisos falsos e conversas hipócritas.
Entre os amigos você até esquece um pouco essa preocupação em quem confiar. Até que ponto isso é seguro? Afinal de contas, amigos também traem (e considero essa traição uma das mais doloridas).
A cada dia as pessoas começam a se preocupar mais com elas, somente com elas. É o velho ditado "Cada um por si, Deus por todos". E quem não acredita em Deus, como fica?
Volto a dizer que ser humano é cada vez mais complicado.

14.8.06

Contra o stress

Por indicação da minha terapeuta preciso praticar algum esporte que exija força. Alguém tem alguma sugestão?

9.8.06

Precisa do seu emprego?

Engula sapos.
Tenha sangue frio.
Não demonstre irritação.
Chorar de nervoso, nunca!
Deixe o stress para depois do horário.
Esqueça panelinhas.
Relacione-se bem com todos.
Faça além do necessário.
Não se envolva em picuinhas (sic)
Pense grande.

Ok, das 8:00 às 17:00 eu serei uma eximia atriz.
Eu não tenho sangue de barata, mas tenho contas pra pagar no final do mês.

Já resolvi: na próxima encarnação quero ser um computador, pois quando tiver algum problema, reinicio e começo de novo, do zero. Muito mais prático.
Ser humano é complicado demais pra mim.

8.8.06

Sono.

4.8.06

Meu reduto

Um lugar onde eu me sinto bem em casa é o meu quarto. É o meu reduto onde tudo que preciso e quero está. Meus CD´s, meu micro, minhas fotos, minha coleção de canecas, meus livros...

Ontem mexendo em algumas coisas achei várias quinquilharias que eu, como boa taurina materialista, costumo guardar:

- achei uma medalha de prata que ganhei num concurso de Matemática na 4º série;
- uma caixa com negativos de fotos que nem imaginava mais que tinha;
- cartões de aniversário e cartas que recebia de amigos quando eu morava no interior;
- uma sacola com várias coisas da época que trabalhei na AOL (CD´s e afins...);
- minhas agendas;
- e uns 3 isqueiros que o Danilo sempre esquecia no meu carro.

Na última reforma pintei duas paredes com uma tinta de fundo magneto pra transformá-las em paredes de fotos, mas ainda nem comecei... preciso selecionar as fotos e comprar o papel imã (Ok, eu tive 20 dias de férias pra fazer isso e não fiz).

O único problema é que não posso pensar em colocar mais nada dentro dele, não tem mais espaço. O guarda-roupa já está abarrotado, as prateleiras cheias, se comprar mais um par de sapatos não tenho mais lugar pra guardar e nem é por tenho muita coisa, é porque o quarto é pequeno mesmo, rs. Antes de eu nascer aqui era o poço de casa e ele foi construído "as pressas" já que a nega aqui não estava prevista pra chegar.

3.8.06

Feliz

Estou com uma sensação boa, de felicidade e satisfação.
Apesar das contas pra pagar, dos conflitos com meu pai, de ter que acordar todo dia às 5:00 e odiar isso, enfim, de todas as coisas desagradáveis e rotineiras, eu por um momento me senti feliz.
Feliz com meus amigos.
Feliz com a minha faculdade.
Feliz com meu trabalho (apesar do stress).
Feliz comigo.

2.8.06

Caminhos Cruzados - parte II

Passou sábado, domingo, segunda e a vontade de vê-lo novamente era cada vez maior. Resolveu então ligar:

- Antonio? É a Vanessa, tudo bem?
- Oii, tudo e você?
- Tudo jóia. Deixa eu falar, você tem algum compromisso hoje depois do horário?
- Quem faz minha agenda hoje é você - ele riu - por quê?
- Tinha pensado em repetir a dose de sexta-feira...
- Por mim, tudo bem. Nos encontramos aqui mesmo?
- Pode ser, até mais tarde então.
- Ok, beijos.

Se encontraram no horário combinado e foram novamente ao Café Creme. Ela, desastrada, acabou derrubando chopp na calça dele, que riu e foi ao banheiro limpar o estrago.

"Eu sou um desastre mesmo." - pensou.

Ele voltou, rindo, e continuaram conversando. Por um momento ele ficou sério e disse que precisava dizer algo que talvez a deixasse chateada.

- Adorei ter ficado com você, mas tem um problema...

"Era bom demais pra ser verdade."

- ... eu namoro. Não que isso impeça de nos vermos novamente, mas sei lá... achei que não seria legal esconder isso.
- Ok... na verdade nem sei muito bem o que te dizer.
- Não precisa dizer nada. - e lhe deu beijo.

A conversa continuou meio desajeitada e, ao contrário do primeiro encontro, foram embora sem as mãos dadas e se despediram novamente no metrô.

Ela chegou em casa chateada, mas não era a primeira vez que isso tinha acontecido. Comentou com uma amiga que brincou dizendo que em meio a milhares de homens certos ela sempre escolhia o errado.

Ficaram 4 meses sem se encontrar e conversando raramente por e-mail, pois ele vivia ocupado com seus projetos no Doutorado e a elaboração das aulas na faculdade que ministrava. Ambos faziam aniversário em Maio e combinaram de se encontrar pra comemorar.

O frio na barriga foi o mesmo como se fosse a primeira vez. Um abraço forte, um beijo e nenhuma palavra até chegar no barzinho escolhido. Lá, riram, colocaram o assunto de tanto tempo em dia, e após várias taças de vinho resolveram ir embora. Foi uma das melhores noites que ela já havia vivido.

Cada um seguiu sua vida.

Após três meses, ela estava no trabalho com uma crise de soluço insuportável quando seu celular tocou. Não acreditou quando viu quem era (e o soluço parou na hora!).

- Alô. - Por favor a Vanessa?
- Quem gostaria?
- Antonio, um amigo dela...
- Antonio?! - ela perguntou com tom irônico - Ela não conhece ninguém com esse nome!
- Não? Tem certeza? É um moreno que ela conheçou no começo do ano...
- Ah, acho que me lembro muito vagamente - ela riu.
- E aí linda, como você esta?
- Ótima e você? - Também. Tá no trabalho?
- Sim, daqui a pouco já vou embora.
- É que eu voltei do Japão essa semana e pensei em te ver. A gente pode se encontrar hoje lá na faculdade?

Ela não acreditava.

- Pode ser. Que horas?
- Quando você estiver saindo daí me liga e combinamos.
- Ok, beijos.

E o 3º encontro aconteceu muito mais descontraído do que das outras vezes, pareciam mais amigos que amantes. Ele contou da viagem, do congresso que havia participado, de curiosidades dos lugares que conheceu, e sempre muito carinhoso entre um assunto e outro um beijo acontecia. Era impossível lembrar que ele namorava quando estavam juntos, ela esquecia de todo mundo ao redor. Pensava até em tentar conquistá-lo a ponto de ficar somente com ela, mas no mesmo instante achava que isso seria em vão.

Ele retomaria o Doutorado na semana seguinte e ela já sabia que um próximo encontro demoraria a acontecer, se acontecesse, e por isso aproveitou cada momento.

Nunca mais se encontraram.

Os olhares se cruzaram novamente 1 ano e 3 meses depois. Se encontraram, já não tinham mais assunto e ele contou que em menos de três meses seria um homem casado. Ela não quis pensar nisso e ficou com ele como alguém que precisava apenas de um beijo e alguns carinhos numa sexta-feira de verão. E foi assim que aconteceu: eles se amaram sem a preocupação do dia seguinte, sem o compromisso e sem ilusão.

Um beijo e 'Até Logo'.

Desde então mais nenhum contato aconteceu. Ele casou, e ela segue seu caminho sozinha e, por incrível que pareça, feliz.

FIM

1.8.06

Caminhos cruzados

Alguns olhares já tinham sido trocados durante a semana, nada além disso. Na sexta-feira ela pensou: "Preciso arrumar uma forma de conhecer esse cara, pelo menos descobrir o nome dele." Seguiu em direção ao elevador do prédio e enquanto subia os 19 andares não tirava essa idéia da cabeça, foi quando a porta se abriu e ao sair deu de cara com ele.

- Bom dia! - ela disse de forma automática sem nem conseguir pensar direito.
- Bom dia!

"1 a 0" - pensou, e foi pra última aula daquele curso chatíssimo de Flash.

No coffee break os olhares ainda se cruzavam, e quando percebeu ele estava ao seu lado:

- Que curso você está fazendo?
- Flash. E você?
- Linux - respondeu ele objetivo.
- Legal. Trabalha na área?
- Sim, sou prof. de engenharia da computação.

Ela olha no relógio e vê que todos já voltaram pra suas salas ficando somente os dois no hall do andar.

- Percebi que você não sai pra almoçar... "putz, não devia ter dado na cara que prestei atenção nele esses dias" - pensou.

Ele riu e respondeu: - É, acabo comendo alguma besteira por aqui mesmo.

- Que pena! Tinha pensado em chamá-lo pra almoçar, mas já que você...
- Não! - ele respondeu - Podemos almoçar, sim. Encontro com você na frente do prédio?
- Perfeito.

"2 a 0" - pensou ela e só depois se deu conta que não haviam se apresentado. Riu sozinha...

No horário combinado se encontraram e foram até um restaurante próximo. Ela, preocupada em não cometer nenhuma gafe; ele, preocupado em comer apenas salada e grelhado. Ainda na fila do self service:

- Ah, antes que eu me esqueça - ela riu - meu nome é Vanessa.
- Prazer, Antonio - ele respondeu também com sorriso no rosto.

O almoço seguiu tranqüilo, conversaram sobre suas rotinas, seus planos, seus gostos e no caminho de volta pro curso ele perguntou se ela tinha algum compromisso depois do horário.

- Acho que não. Por quê?
- Tinha pensado em chamá-la pra beber alguma coisa aqui perto mesmo. Assim a gente conversa melhor, sem preocupação com horário. O que acha?
- Hum, vou ver e te respondo no coffe, pode ser?
- Ok.

É óbvio que ela não tinha nada pra fazer naquela sexta à noite, só não quis parecer ansiosa ou algo parecido. Confirmou o encontro durante o intervalo e contou os minutos até às 18:00.

Seguiram até o Café Creme, um bar na Av. Paulista, e entre um chopp e outro os olhares continuavam se encontrando sem nenhuma reação de qualquer um dos dois. Foi quando aquele silêncio chegou na mesa e o beijo, tão esperado, aconteceu. Trocaram telefone, e-mail, foram embora de mãos dadas, e seguiram cada um o seu lado após se despedirem com um beijo em meio ao movimentado metrô de SP.

[continua]